Com o objetivo de favorecer a mobilidade ativa, especialmente em ruas onde há grande circulação de pessoas para evitar aglomeração de pessoas no meio urbano durante a pandemia, a Cidadeapé , junto com o Sampapé e o Aromeiazero, conquistaram um espaço importante na condução de oficinas participativa para avançar nas transformações das ruas em São Paulo centrada nas pessoas.
Realizadas em conjunto com a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as oficinas fazem parte dos Diálogos Sociais, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) de abrir espaços de mediação social não institucionalizados na busca do consenso entre o poder público, os movimentos sociais, as organizações da sociedade civil e demais cidadãos interessados, com o intuito de realizar a co-criação de soluções concretas para as demandas apresentadas.
Na primeira oficina, realizada dia 13 de agosto, foram selecionadas algumas vias da cidade , a partir dos critérios como fluxo de pedestres, tipos de vias (com quantidade de comércio e serviços), a proximidade de estações de metrô, terminais de ônibus e hospitais. Os estudos técnicos foram realizados pelas equipes da SMT, da CET e das entidades da sociedade civil que participam da Câmara Temática de Mobilidade a Pé (CTMP).
Os participantes da reunião foram divididos em quatro grupos de trabalho com representantes dos órgãos envolvidos na atividade, com cada um destes grupos focado em um tipo de rua por função (centralidade comercial bairros, corredor comercial, estações de transporte e centros de saúde). O desafio foi construir coletivamente modelos de intervenções emergenciais de redistribuição do espaço das ruas da cidade.
Na segunda oficina, realizada em 20 de agosto, foram debatidas sugestões de intervenções para quatro regiões com potencial para serem os projetos piloto da ação, pois podem ser implementadas em um curto espaço de tempo. São o Viaduto que dá acesso ao hospital Beneficência Portuguesa, Rua Ladeira Porto Geral/Metrô São Bento/Rua Boa Vista, Avenida Kumaki Aok no Bairro Santa Helena e Rua Oriente no Brás.
Novamente o participantes da reunião foram divididos em grupos de trabalho, focados em cada um dos projetos. O objetivo é elaborar conjuntamente diretrizes para engajamento (por exemplo, formas de mapear a comunidade do entorno e envolvê-la no processo), identidade (como a identificação de possíveis adições ao projeto para adaptá-lo ao local e a possível inclusão de comunidades artísticas do entorno), e comunicação (como formas de comunicar aos usuários o que significa cada espaço e criar canais para pessoas enviarem opiniões e retorno sobre o projeto), tendo em mente os períodos de antes, durante e depois das intervenções.
O próximo estágio é de análise de viabilidade das sugestões, que continuará sendo realizada remotamente pelos membros da oficina. está previsto que já em Setembro comecem a ser realizadas as primeiras ações com ampliação de calçadas, calçadões operacionais, redesenho das vias, entre outras soluções.
Além disso, começamos a formular também um sistema que facilite o contato entre população, comércio, entidades e poder público de forma que essas intervenções possam ser feitas de uma forma simplificada e escalonável.
Esta é a forma de, colaborativamente, caminharmos para o desenvolvimento de cidades mais humanas e caminháveis.
A Cidadeapé está sendo representada nesta iniciativa pela nossa Diretora de Relacionamento Wans Spiess. Para participar, envie uma mensagem e fique atento às novidades dessa iniciativa.
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