Conheça os resultados da campanha “Mobilidade Sustentável nas Eleições”

Cidadeapé participou da coordenação da campanha que inseriu a pauta da mobilidade sustentável no debate eleitoral de 26 cidades brasileiras em 2020

Chega ao fim a Campanha Mobilidade Sustentável nas Eleições, uma ação organizada pela Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo (Cidadeapé), projeto Como Anda, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e União de Ciclistas do Brasil (UCB). Seu objetivo foi aproveitar a ampla discussão política representada pelas eleições para promover a importância da prioridade à mobilidade sustentável.

Para isso, a coordenação da campanha estimulou e assessorou organizações civis para a inclusão da ciclomobilidade, da mobilidade a pé e do transporte público nas propostas de governo das candidaturas à prefeitura e à vereança nas eleições municipais de 2020.

Além de materiais de apoio e orientações sobre como executar algumas ações importantes para promover a mobilidade sustentável na pauta eleitoral, a campanha também buscou contribuir para o fortalecimento e  reconhecimento das organizações civis pela sociedade.

Apesar das limitações impostas pela pandemia, as organizações da sociedade civil mais uma vez mostraram sua resiliência e realizaram atividades que mantiveram a relevância da mobilidade sustentável no debate eleitoral.  A Coordenação Nacional agradece a todos e todas que participaram de alguma forma da campanha e, com muito orgulho, compartilha a seguir os principais resultados e encaminha o Relatório Final.

Principais Resultados

Como resultados principais, 44 Organizações Locais (OLs) se inscreveram para fazer a campanha, em 30 cidades. Efetivamente, a campanha foi realizada em 26 cidades por mais de 100 Organizações Locais – entre organizadoras e apoiadoras -, incluindo 6 capitais e 13 cidades em regiões metropolitanas. Sobre o perfil das cidades e organizações locais e regiões das cidades participantes, temos:

  • 12% Norte
  • 36% Nordeste
  • 4% Centro-Oeste,
  • 36% Sudeste
  • 12% Sul

Eventos online

Diante das questões atípicas que envolveram a realização da campanha neste ano, por conta da Pandemia da COVID-19, grande parte dos eventos da campanha foi realizado de forma online.

  • Realização de um webinar com cinco OLs convidadas (uma de cada região brasileira) para sensibilização da importância do uso de Cartas Compromisso no processo eleitoral ;
  • Realização de três Reuniões com OLs participantes para acompanhamento e avaliação das atividades;
  • Participação de integrantes da Coordenação Nacional em três Webinars promovidos pelas OLs;
  • A Coordenação Nacional foi convidada por outras organizações, além de participar do Fórum da Mobilidade Ativa e FNEBici 2020 – Esquenta Online, apresentando a campanha deste ano e os benefícios em executá-la.

Das 07 cidades que organizaram eventos online, a maior parte delas considerou esta atividade como sendo a melhor atividade da campanha.

 

Atividades desenvolvidas pelas Organizações Locais

As principais atividades desenvolvidas pelas Organizações Locais foram: Cartas Compromisso (96%), publicações nas redes sociais (92%), envio de releases para a imprensa (72%) e avaliações dos planos de governo das candidaturas (68%).

Como resultados das Cartas Compromisso, no Executivo, 39% das candidaturas à Prefeitura nas cidades participantes assinaram a Carta, representando uma média de 4,12 candidaturas por cidade. E 52% das candidaturas que se elegeram à Prefeitura em cidades participantes assinaram a Carta, totalizando 13 prefeitas e prefeitos. No Legislativo, 396 candidaturas à vereança assinaram a  Carta em suas cidades e 41 vereadoras e vereadores eleitos(as) assinaram a Carta.

Entre as cidades participantes, 23 elaboraram Cartas Compromisso contendo propostas para as candidaturas, sendo elas:

  • 21 específicas para o Poder Executivo;
  • 17 específicas para o Poder Legislativo;
  • 03 cidades usaram a mesma carta para a adesão do Poder Legislativo e do Poder Executivo.

Foi organizado um banco com os materiais produzidos pelas organizações em suas atividades de incidência nas eleições municipais: cartas compromisso, materiais de divulgação das OLs; fotografias e registros na imprensa.

Ações de rua

Em algumas cidades participantes, foram realizadas ações de rua, adotando as devidas recomendações sanitárias. Como exemplos, a campanha Mobilidade Ativa Paulista (Paulista – PE) coletou assinaturas presencialmente. O pessoal da Ameciclo, em Recife – PE, fez evento ao ar livre para lançamento da carta e coleta de assinaturas, além de uma blitz próximo ao 1º turno. Já o Coletivo ParáCiclo (Belém – PA) realizou coletas presenciais de assinaturas, com visitas ou blitz, e registrou as adesões em fotos com a moldura elaborada pela campanha.

Avaliações de planos de governo

As avaliações de propostas para a mobilidade urbana foram feitas em 17 cidades. Foram avaliados temas como segurança viária, ciclomobilidade, ações para acessibilidade e prioridade ao transporte coletivo. O portal Mobilize, apoiador da campanha, também realizou a avaliação dos programas de governo em várias capitais, que foram apoiadas pelas OLs participantes em Belém e Manaus.

Entrevistas e debates

Em algumas cidades, foram realizadas entrevistas do tipo “live” ou debates online com candidaturas ao Executivo e/ou ao Legislativo, com foco na discussão sobre mobilidade urbana. Outras optaram por enviar perguntas e publicar as respostas em texto ou vídeo. Em 9 cidades foram realizadas entrevistas com candidaturas sobre propostas para a mobilidade e 7 cidades promoveram debates online com candidaturas ao Executivo e 6, com candidaturas ao Legislativo.

Avaliação Geral da Campanha

As Organizações Locais foram convidadas a avaliar o desenvolvimento da Campanha em seus diversos aspectos. Esses são os resultados principais:

  • As principais dificuldades encontradas para a realização da campanha foram: as limitações impostas pela pandemia da Covid-19 (68 %), resistência o indiferença das candidaturas (60 %), falta de tempo para realizar todas as atividades (52 %) e falta de equipe suficiente para realizar as atividades (44 %).
  • Os principais benefícios e vantagens de realizar a campanha foram: ampliação do reconhecimento da OL perante a sociedade civil (80 %), inserção da mobilidade sustentável nos programas de governo das candidaturas (70 %), clarear a própria pauta da organização (66 %) e ampliação do reconhecimento da OL junto à imprensa (52 %).
  • As principais qualidades da assessoria prestada pela Coordenação Local foram: tempo de resposta às dúvidas locais (80 %), modelos de release para a imprensa (68 %), comunicação visual (64 %) e reuniões e webinars ( 55 %).
  • 96 % das Organizações Locais participantes declararam interesse em continuar o relacionamento com as candidaturas eleitas nas suas respectivas cidades.

O relatório final também disponibiliza imagens e links das atividades realizadas, a relação de organizações inscrtias, depoimentos e as referências técnicas utilizadas como base. É possível acessar o documento como nos formato de apresentação online e em PDF.

Para a Cidadeapé, é uma honra poder colaborar para essa articulação, que tanto fortalece o trabalho da sociedade civil e melhora a qualidade do debate eleitoral. Seguimos juntos e juntas por cidades mais sustentáveis!

 

Os desafios de 2020

Por muitos anos, o planejamento urbano voltado para o transporte sobre rodas e o culto ao automóvel afastaram o urbanismo e a arquitetura daqueles que mais importam nas cidades: as pessoas. A crise global ligada à Covid-19 desafiou tudo e todos, e escancarou a necessidade de mudar os nossos paradigmas, especialmente sobre a maneira como percorremos diariamente a cidade. Nunca se mostrou tão necessário lutar por cidades mais inclusivas, transportes públicos de qualidade, ciclovias, ruas arborizadas com calçadas generosas.

No Brasil, tivemos as eleições municipais e vimos a pauta da mobilidade sustentável ganhar um espaço inédito no debate político. Aproveitamos essa oportunidade para tentar pautar boas propostas para o tema. Atuamos não apenas em São Paulo, mas também em uma articulação nacional que estimulou outras organizações da sociedade civil a fazer o mesmo. Agora nos preparamos para acompanhar e pressionar mais uma gestão municipal por políticas que efetivamente priorizem a mobilidade a pé.

Destaques do ano

Iniciamos o ano lançando nossa nova identidade, que reflete com mais clareza a missão de defender políticas públicas para que todas as pessoas tenham o direito de andar a pé com segurança, conforto e qualidade, independente de gênero, raça, idade, condição física ou socioeconômica. É sempre bom relembrar no que acreditamos para fortalecer nossa ação no mundo.

Em Fevereiro nosso colaboradores se encontraram para definir as prioridades da Cidadeapé em 2020. Só não contávamos com uma pandemia no meio do caminho.

Já atentos aos efeitos das restrições impostas pela crise desencadeada pela Covid-19 na mobilidade urbana, no final de Março fomos um dos signatários do documento endereçado à Secretaria de Transportes Metropolitanos (estadual) e na Secretaria de Mobilidade e Transportes (municipal). Encabeçado pela Ciclocidade, o posicionamento sugeria medidas imediatas ao Estado e à Prefeitura de apoio aos trabalhadores que precisam usar bicicleta nesse momento de pandemia.

Também passamos a fazer parte da rede Pacto pela Democracia –  uma plataforma de ação conjunta, que conta com 100 organizações da sociedade civil, além de lideranças públicas e políticas de diversos campos.

Em Abril, assinamos junto a 35 organizações da sociedade civil o posicionamento sobre a necessidade de um Programa Emergencial do Transporte Social, com o objetivo de reduzir os impactos da pandemia de Covid-19 sobre os sistemas de transportes durante a pandemia no Brasil.

A pauta foi levada em Maio ao Conselho Municipal de Transporte e Trânsito. A Cidadeapé apoiou a ação de conselheiros, que protocolaram um documento direcionado a autoridades paulistanas com contribuições sobre propostas e medidas possíveis ou adotadas relativas à mobilidade urbana para manter o isolamento social necessário,

Também juntamos forças com organizações como IAB SP – Instituto de Arquitetos do Brasil – São Paulo,  Ciclocidade, Instituto A Cidade Precisa de Você, Aromeiazero, Corrida Amiga, Metrópole 1:1 e Cidade Ativa em mobilização articulada pelo SampaPé intitulada Ruas para a mobilidade ativa durante a pandemia. O objetivo é pressionar a Prefeitura de São Paulo para abrir espaço nas ruas para as pessoas se deslocarem a pé e de bicicleta em segurança, como já está sendo feito em várias partes do mundo.

Em Junho foi possível dar foco a outro assunto não menos importante: a desigualdade no Brasil. Realizamos um levantamento de raça e gênero entre associadas e associados e também assinamos o manifesto da Coalizão Negra por Direitos.

A Cidadeapé, o ComoAnda e a Ciclocidade formaram uma coalizão para poder coletar e sistematizar os comentários de seus colaboradores a respeito do Manual de Desenho Urbano e Obras Viárias da cidade de São Paulo. Enquanto aguardamos o lançamento do Manual, você pode acompanhar os resultados dessas contribuições no nosso site.

Em Julho, tivemos uma conquista importante. A ação civil pública movida em 2017 pela Ciclocidade e apoiada pela Cidadeapé recebeu parecer favorável do MPF enquanto aguarda julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça. Ação questiona adequação de medida de aumento de limites de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros.

Em Agosto, Dia Mundial do Pedestre, elegemos nova diretoria. Devido à pandemia, todo o processo de mudança de gestão foi realizado remotamente, com direito a brinde e desejos de sucesso.

O novo corpo diretivo estreou com comemorações. Depois de uma espera de 3 anos, finalmente o Estatuto do Pedestre foi regulamentado. E a iniciativa Ruas para a mobilidade ativa abriu espaço para a Cidadeapé, junto com o Sampapé e o Aromeiazero, na condução de oficinas participativas para avançar nas transformações das ruas em resposta à pandemia. Embora sejam avanços importantes com alguns bons frutos (veja os resultados das primeiras intervenções aqui), tudo evolui a passos muito lentos e será crucial estar atento a suas evoluções no próximo ano.

Outro desafio colocado à nova diretoria foi a fiscalização do andamento do Programa Emergencial de Calçadas. O Programa, que visa construir e requalificar calçadas de áreas com grande fluxo de pessoas, vem sendo executado, foi retomado após um hiato de anos sem executar obras de requalificação de calçadas. Acessar publicamente os dados de acompanhamento da execução continua sendo um desafio e 2021 iniciará com a demanda de avaliação do cumprimento da meta estipulada. 

Já em clima das Eleições Municipais, sete organizações da sociedade civil lançaram a “Agenda Propositiva para a Cidade de São Paulo: Mobilidade e  Clima“. A publicação é um conjunto de propostas direcionado às candidaturas à Prefeitura e ao Legislativo municipal, com o  objetivo de pautar o debate eleitoral sobre mobilidade urbana.

Em Setembro, mais uma vitória da sociedade civil. O Tribunal de Justiça manteve a medida que determinou a suspensão do processo de alteração da lei de zoneamento (lei municipal nº 16.402/2016). A ação foi promovida por 5 entidades e apoiada por mais 150, entre elas a Cidadeapé.

Em Outubro, mais uma contribuição coletiva, desta vez para a consulta pública Espaços Públicos para a flexibilização, que trata do decreto que revê as normas de ocupação de calçadas e ruas por mesas de bares e restaurantes. A norma, no entanto, ainda não chegou a ser publicada.

Sem dúvida um dos grandes destaques do ano foi nossa atuação na campanha  Mobilidade Sustentável nas Eleições. A Cidadeapé, juntou-se a entidades da sociedade civil que atuam em defesa da mobilidade ativa e do transporte público, com o objetivo de reunir e apoiar organizações de todo o Brasil para sensibilizar os candidatos às eleições municipais de 2020. Com o apoio da campanha, dezenas de entidades de todas as regiões do país se mobilizaram para colocar a prioridade à mobilidade ativa e coletiva na pauta eleitoral. 

Aqui em São Paulo, a Cidadeapé também atuou nesse sentido, junto com a Rede Mobilidade e Clima, debatendo e avaliando propostas e cobrando compromissos com a mobilidade sustentável. Como resultado, seis das vereadoras e vereadores eleitos assinaram a Carta-compromisso criada pela Rede, assim como o prefeito reeleito Bruno Covas. Isso significa que temos um instrumento a mais para dialogar com esses representantes e cobrar deles ações contundentes em benefício da mobilidade sustentável [..]

Por fim, finalizamos esta retrospectiva com uma homenagem à nossa amiga e ativista Marina Harkot que teve sua vida interrompida pela violência no trânsito. Sua obra, marcada pela luta por cidades mais justas e seguras, é um legado que nos inspira a continuar caminhando em 2021.

2021 tá ai. Seguimos juntos.

Mobilidade sustentável nas eleições

Entidades da sociedade civil que atuam em defesa da mobilidade ativa e do transporte público apresentam propostas para melhorar a mobilidade urbana em suas cidades. O objetivo é reunir e apoiar organizações de todo o Brasil para sensibilizar os candidatos às eleições municipais de 2020

As eleições municipais são uma ótima oportunidade para discutir o futuro das cidades. E a mobilidade urbana é uma questão central nesse debate sobre as cidades que queremos. Visando a melhorar e aprofundar o debate e as propostas sobre o tema, está sendo lançada a Campanha Mobilidade Sustentável nas Eleições, uma ação organizada por entidades que atuam há vários anos para melhorar o transporte público, a acessibilidade nas calçadas e a oferta de ciclovias, bicicletas públicas e outras infraestruturas cicloviárias. 

O objetivo é racionalizar o uso do automóvel nas cidades, de forma a reduzir os congestionamentos, o ruído urbano e a poluição do ar. A campanha está sendo organizada pela Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo (Cidadeapé), projeto Como Anda, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e União de Ciclistas do Brasil (UCB). 

As entidades organizadoras, que têm experiência na incidência política, pretendem ajudar outras organizações da sociedade civil a inserir os modos sustentáveis de deslocamento nos programas de governo e mandatos das candidaturas às Prefeituras e Câmaras de Vereadores para os municípios de todo país. 

A coordenação da campanha oferece como apoio materiais e orientações sobre como executar algumas ações importantes para promover a mobilidade sustentável na pauta eleitoral. São guias, por exemplo, sobre como elaborar e entregar propostas às candidaturas, comunicar-se e sensibilizar o eleitorado. Essa iniciativa é baseada em experiências exitosas similares realizadas pela sociedade civil organizada em eleições anteriores. 

Como promover a mobilidade sustentável nas cidades

Quando se fala em mobilidade urbana sustentável nas cidades, a ideia é que ela seja promovida por ações e políticas públicas que priorizem os modos mais limpos e saudáveis de deslocamento: o transporte público, a caminhada e a bicicleta. Além disso, essas políticas devem ser elaboradas e implementadas com ampla participação da sociedade, e atreladas a políticas urbanas que reduzam as desigualdades dentro dos territórios da cidade.

No site da campanha Mobilidade Sustentável nas Eleições, é possível encontrar uma ferramenta que auxilia a elaboração de cartas-compromisso com propostas adequadas a diferentes tipos de cidades. Essas propostas são desdobramentos das diretrizes, elaboradas e debatidas pelas entidades organizadoras da campanha, com base nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS, na Nova Agenda Urbana e na Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012).

  • Diretrizes de ações para a mobilidade sustentável nas cidades:
    • Elaborar o Plano de Mobilidade Urbana seguindo os princípios de priorização dos modos ativos e coletivos de deslocamento;
    • Garantir a participação social na gestão da mobilidade urbana através de conselhos da sociedade civil;
    • Reduzir as desigualdades territoriais e sociais através de políticas para ampliar o acesso a oportunidades;
    • Promover a integração dos sistemas de transporte e políticas de mobilidade com o planejamento de uso do solo, o desenvolvimento urbano e o desenho do espaço construído;
    • Implantar medidas físicas e de gestão para acalmar o trânsito e reduzir as mortes;
    • Garantir condições de acesso universal a todas as estruturas e serviços de mobilidade, que não exclua pessoas com deficiência e mobilidade reduzida (idosos, crianças, gestantes, entre outros grupos);
    • Promover ações para garantir infraestrutura para circulação de pedestres, com calçadas e travessias amplas, acessíveis seguras;
    • Melhorar o transporte público coletivo, assegurando cobertura geográfica, modicidade tarifária e qualidade do serviço;
    • Desincentivar os deslocamentos por carros individuais;
    • Reduzir a poluição ambiental e sonora e a emissão de gases de efeito estufa;
    • Integrar planejamento e gestão de transporte de cargas e de passageiros.

Como participar da campanha
As informações completas sobre a campanha, a inscrição e os materiais oferecidos estão disponíveis no site www.mobilidadenaseleicoes.org.br. Equipes ligadas às candidaturas não poderão participar, mas podem encontrar no site orientações sobre como inserir a pauta em seus programas.

Eleições Municipais: organizações civis lançam agenda de propostas para Mobilidade em São Paulo

Material aborda questões de política urbana e ambiental da cidade, participação social, saúde, segurança no trânsito, mobilidade a pé, por bicicleta e do transporte coletivo

Sete organizações da sociedade civil lançam, nesta segunda-feira (10), a “Agenda Propositiva para a Cidade de São Paulo: Mobilidade e  Clima“. A publicação online é direcionada às candidaturas à Prefeitura e ao Legislativo municipal e tem como objetivo pautar as propostas para o setor e o debate eleitoral, que tem início no próximo mês de setembro. A agenda foi elaborada pela Ciclocidade, Cidadeapé, Greenpeace, Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Instituto Saúde e Sustentabilidade, Rede Nossa São Paulo e SampaPé!. 

A agenda agrega questões de política urbana e ambiental da cidade, participação social, saúde, segurança no trânsito, mobilidade a pé, por bicicleta e do transporte coletivo. Também foram listados todos os planos e projetos já existentes para evitar a lógica de que o planejamento da cidade precisa começar do zero a cada quatro anos.  

As principais propostas apresentadas são: 

  • regionalizar o investimento em mobilidade na cidade, para atender bem às periferias;
  • a necessidade de um fundo de transportes, para avançar em construção de infraestrutura e buscar reduzir a tarifa;
  • criar um setor dedicado a cuidar de toda a mobilidade a pé na cidade, para corrigir o abandono e descontinuidade das calçadas e travessias;
  • avançar em políticas de estímulo à mobilidade por bicicleta, com ciclovias, programas como de estímulo e financiamento, com foco na periferia;
  • avançar em políticas de segurança no trânsito, com propostas de redução de mortes e situações de risco, aliadas à fiscalização; e
  • melhorar o monitoramento e fiscalização da emissão de poluentes, com equipamentos de baixo custo e fiscalização dos contratos de ônibus.

Outros pontos como ações para estimular postos de trabalho na periferia e moradias no centro; desestimular o uso de automóveis; avançar na construção de corredores e faixas de ônibus e criar um programa unificado de combate ao assédio sexual no transporte também estão presentes na Agenda. Com este arcabouço, é possível enfrentar as desigualdades regionais da cidade, ter continuidade dos planos e projetos elaborados, promover a equidade de gênero e raça nas políticas públicas e ter atenção às dificuldades enfrentadas por idosos e crianças na mobilidade. 

“A ideia central é mostrar que o debate precisa ter qualidade; basear-se em dados e planos existentes, como o Plano Diretor e o Plano de Mobilidade; em estudos técnicos; além de considerar os desafios reais enfrentados pela população”, disse Carolina Guimarães, coordenadora da Rede Nossa São Paulo.

O lançamento da Agenda é parte de uma campanha que as organizações vão realizar ao longo do processo eleitoral, o que incluirá a avaliação do posicionamento das candidaturas e incentivos para  que a população participe da discussão, entre outras ações que visam  promover o debate em busca de uma mobilidade sustentável para a cidade de São Paulo.

“Já iniciamos a conversa com os pré-candidatos e pré-candidatas à prefeitura. Também queremos que eles e candidaturas ao legislativo assinem uma carta de compromisso com a melhoria da mobilidade na cidade. Ao longo do debate eleitoral, vamos disponibilizar dados que apontam quais são as propostas de cada candidatura para as questões que nós priorizamos”, disse Rafael Calabria, coordenador de Mobilidade Urbana do Idec.

ACESSE AQUI!

Eleições do CMTT 2019 – este sábado tem eleições regionais!

Este sábado, 30/3, teremos eleições regionais para o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito – CMTT.

Vamos garantir a eleição de candidatos que apoiam a mobilidade sustentável para nos representar nas decisões sobre mobilidade em São Paulo?

Veja aqui os candidatos que são associados à Cidadeapé:

Centro: Rafael Del Mônaco Drummond – nº 037
Zona Oeste: Thiago Benicchio – nº 046

Compareçam e convidem seus amigos! Vamos apoiar a mobilidade a pé.

Dia: Sábado, 30 de março de 2019
Hora: das 9h às 12h30

  • Região Leste – CEMOB – Rua Vilela, 579 – entrada pela Rua Apucarana s/nº
  • Região Sul – Subprefeitura de Santo Amaro – Praça Floriano Peixoto, 54
  • Região Oeste – Subprefeitura de Pinheiros – Av. das Nações Unidas, 7123
  • Região Norte – Subprefeitura da Casa Verde – Av. Ordem e Progresso, 1001
  • Região Centro – Secretaria de Mobilidade e Transportes – Rua Barão de Itapetininga, 18

Mais informações: Site da Secretaria de Mobilidade e Transporte

O que levar: CPF OU documento oficial de identificação, com foto (RG, CNH, RNE).

Programação

9h00    Recepção dos(as) participantes;
9h30    Início apresentação dos/das candidatos(as);
10h00    Início votação
11h00    Final apresentação dos candidatos
12h00    Fechamento dos portões
12h30    Encerramento da votação e contagem dos votos.

 

Juntos realizamos muito em 2018

O grande destaque do ano foi a formalização da associação. Em maio a Cidadeapé ganhou Estatuto, CNPJ, Diretoria, Conselho de Administração e agora está ainda mais forte e preparada para atuar.

Durante o primeiro semestre do ano, trabalhamos muito para definir com mais clareza a nossa missão, visão e valores e nossa forma de atuação, junto ao poder público e à sociedade. Nos sentimos mais confiantes e capacitados depois de um processo colaborativo e construtivo. Agradecemos a todos que contribuíram com esse trabalho!

E durante todo o ano continuamos atuando nas pautas que nos importam: segurança no trânsito, promoção da mobilidade sustentável, direitos de pedestres, legislação municipal e federal, entre outras.

Em 2019 queremos realizar ainda mais. Para isso precisamos do apoio de cada uma e de cada um! Precisamos de uma associação forte, com muitas pessoas associadas. Ajude-nos a ampliar ainda mais nossa representatividade e nossa base de apoio.

Que tal uma resolução de ano novo? Convide um amigo a se associar à Cidadeapé!
Basta preencher este formulário AQUI e fazer uma contribuição de R$ 20,00. Bora?

 

Assim foi 2018. Em 2019 tem mais!

Cidadeapé

Nossa associação foi formalizada em maio. Agradecemos a todos os que participaram desse processo. Nosso trabalho é voluntário e ativista.  Confira nossa página da Transparência onde estão nossas atas de reuniões e prestação de contas. Nasce uma associação para dar voz a quem anda a pé em São Paulo Agradecimento a todos que colaboraram com … Continue lendo Cidadeapé

Segurança no trânsito

Segurança absoluta para quem anda a pé é o primeiro princípio da associação. Mas a segurança no trânsito vale para todos e defendemos que nenhuma morte é aceitável no trânsito. Com o objetivo de colaborar na discussão sobre políticas públicas e segurança viária, colaboramos com a  na elaboração do Painel da Mobilidade Ativa – uma … Continue lendo Segurança no trânsito

Mobilidade Sustentável

Acreditamos que uma boa cidade para viver é uma cidade saudável, não poluída, justa e democrática. Por isso defendemos os modos de transporte sustentáveis: os modos ativos (a pé e bicicleta) e coletivos (ônibus, trem, metrô) devem ser priorizados para cidades mais resilientes e com mais qualidade de vida para todos. Convivência no trânsito: ônibus … Continue lendo Mobilidade Sustentável

Legislação Federal

Estamos sempre de olho no que está acontecendo no âmbito federal. Mudanças no Código de Trânsito podem afetar diretamente a segurança e os direitos de quem anda, ainda que a Política Nacional de MobilidadeUrbana priorize os modos de transporte não motorizados. Multas a pedestres e ciclistas – como reagir? Multas a pedestres e ciclistas – … Continue lendo Legislação Federal

Eleições 2018

Durante as eleições de 2018 trabalhamos com a  Rede Paulista de Entidades e Associações de Mobilidade Urbana para promover o tema da Mobilidade Urbana nas eleições estaduais. Desenvolvemos juntos uma “Carta Compromisso com a Mobilidade Urbana Sustentável para São Paulo“, reunindo propostas para melhorar as condições da mobilidade ativa e coletiva em São Paulo, em … Continue lendo Eleições 2018

Políticas públicas municipais

Como associação paulistana, nosso principal foco são as políticas públicas municipais. Estamos sempre atentos para o que está acontecendo na cidade e em contato com membros e órgãos do executivo e do legislativo para propor melhorias para o transporte a pé na capital. Por isso temos representantes da Cidadeapé no Conselho Municipal de Transporte e … Continue lendo Políticas públicas municipais

Redes e parcerias

A Cidadeapé atua junto ao poder público e junto à sociedade para que todas as pessoas tenham o direito de caminhar assegurado por políticas públicas. Nos nossos esforços  de mobilização social e incidência nas políticas públicas, desenvolvemos atividades em rede e participamos de projetos em parceria com outras organizações ligadas à mobilidade a pé, mobilidade … Continue lendo Redes e parcerias

“Entenda as propostas de Doria e França para a mobilidade urbana”

Publicado originalmente em: Compromisso com a Mobilidade São Paulo
Data: 26/10/2018
Autora: Ana Carolina Nunes

No segundo turno, candidatos continuam focados na rede sobre trilhos e não trazem soluções para outros modos de transporte

A campanha Compromisso com a Mobilidade em São Paulo, promovida pela Rede Paulista de Entidades e Associações de Mobilidade Urbanas [da qual a Cidadeapé faz parte], analisou as propostas para a mobilidade urbana dos dois candidatos que avançaram ao segundo turno das eleições para o governo do estado. Ambas as candidaturas apresentam propostas voltadas a melhorar o transporte sobre trilhos, mas pouca atenção foi dada à mobilidade ativa e outros tópicos. Foram analisadas as propostas contidas nos programas registrados no site do TSE e apresentadas nos debates televisivos.

Os itens analisados são as principais linhas de propostas da sociedade civil, contidas na Carta Compromisso com a Mobilidade Urbana Sustentável para São Paulo:

  1. Fortalecer a participação social
  2. Valorizar a mobilidade por bicicleta
  3. Valorizar a mobilidade a pé
  4. Reduzir as mortes no trânsito
  5. Qualificar e expandir o sistema sobre trilhos
  6. Qualificar e priorizar os serviços por ônibus
  7. Promover a sustentabilidade ambiental
  8. Criar a autoridade metropolitana de mobilidade

As propostas foram classificadas com quatro rótulos, que apontam se a candidatura “mostra concordância integral” (verde), “concorda com a maior parte dos pontos da proposta” (amarelo), “apenas cita a proposta” (salmão) ou “discorda ou não cita” (cinza). Quanto mais as ações propostas pelas candidaturas se mostram próximas das ações solicitadas pela sociedade civil, maior o nível de concordância apontado na tabela.

Em relação ao fortalecimento da participação social, João Doria fala de maneira vaga em “abrir a gestão pública à participação”, enquanto Márcio França propõe “assegurar a transparência e participação através de Conselhos”. Sobre valorizar a mobilidade a pé, garantir segurança à ciclomobilidade e reduzir as mortes no trânsito, Doria não traz nenhuma proposta, e França menciona vagamente os temas em seu programa, propondo “Reduzir a emissão de CO² e a violência no trânsito com incentivo à mobilidade a pé e por bicicleta”.

Modernizar, qualificar e expandir o sistema sobre trilhos é o tópico mais abordado e discutido pelos dois candidatos. Doria propõe “concluir obras e modernizar o Metrô e a CPTM, implantar o Trem Intercidades e VLTs” e promete aumentar ao máximo a participação da iniciativa privada sobre os sistema. Por sua vez, França fala em “investimentos em metrô e trens com expansão, modernização e rede de trens regionais”, mas sem buscar a privatização total do sistema. Essa diferença fica pontuada também no item sobre recursos para a Mobilidade Ativa, no qual ambos tratam de PPPs (parcerias público-privadas), mas nenhum propõe maneiras de aumentar recursos para a infraestrutura para modos ativos ou mesmo de taxar a mobilidade motorizada individual.

Já quando o assunto é tornar eficiente e atrativa a mobilidade por ônibus (no caso, ônibus intermunicipais), Doria fala em criar BRTs, corredores de ônibus e faixas exclusivas, enquanto França fala em corredores metropolitanos e investimento no “Sistema Integrado”, uma proposta para articular o sistema metropolitano aos sistemas de ônibus das cidades da Região Metropolitana. Nenhum dos dois candidatos apresenta propostas para reduzir a poluição ambiental gerada pela queima de combustíveis fósseis no setor de transporte.

Por fim, em relação à gestão metropolitana, Doria fala com mais ênfase sobre a necessidade de o governo do estado conduzir e liderar a Articulação Metropolitana. França, por sua vez, apenas propõe “operar de forma coordenada o metrô, ônibus e trens metropolitanos”.

Todos os programas de governo analisados estão disponíveis nesta pasta. Também foi apontado se o candidato já assinou a Carta Compromisso, documento produzido pela rede de entidades com o objetivo de fortalecer a pauta nestas eleições estaduais. No caso, nem França nem Doria assinaram a carta até o dia 26/10/2018.

“São Paulo elege 9 parlamentares comprometidos com a Mobilidade Urbana Sustentável”

Publicado originalmente em: Compromisso com a Mobilidade São Paulo
Data: 13/10/2018
Autora: Ana Carolina Nunes

Temos 9 parlamentares paulistas comprometidos com a mobilidade urbana sustentável, mas queremos muitos mais

Ao fim das eleições para os cargos do Poder Legislativo de São Paulo, a campanha “Compromisso com a Mobilidade”, avalia seus primeiros resultados. Das 34 candidaturas que assinaram as cartas compromisso com a mobilidade urbana sustentável, 9 foram eleitas. No Senado, Mara Gabrilli (PSDB) foi eleita, entre 3 candidaturas que haviam assinado o documento. Na Câmara dos Deputados, Sâmia Bomfim (PSOL), Ivan Valente (PSOL), Nilto Tatto (PT), Alexandre Padilha (PT) e Paulo Teixeira (PT) foram eleitos, entre 15 candidaturas aderentes ao compromisso. Por fim, na ALESP foram eleitas 3 candidaturas, entre 16 signatárias: Bancada Ativista (PSOL), Isa Penna (PSOL) e Leci Brandão (PCdoB).

A campanha é promovida pela Rede Paulista de Entidades e Associações de Mobilidade Urbana, da qual a Cidadeapé é parte. Pretendemos continuar buscando adesões ao compromisso com as demais candidatas e candidatos eleitos. Espera-se que, com isso, cada vez mais representantes no legislativo, em todos os níveis do governo, trabalhem para garantir a prioridade total e segurança aos modos ativos e coletivos de deslocamento, fiscalizem as ações do governo de São Paulo e do governo federal e promova a participação das cidadãs e cidadãos no debate sobre a mobilidade urbana.

Para assinar o compromisso, basta seguir os passos descritos na página “Quero Aderir”. Qualquer cidadão ou cidadã também pode imprimir a carta compromisso e levá-la para seu ou sua representante no Legislativo assinar, e depois enviar para o e-mail mobilidade@idec.org.br .

As Cartas Compromisso com a Mobilidade foram elaboradas por organizações da sociedade civil, aproveitando o acúmulo do debate sobre políticas públicas para o tema. Os documentos reúnem propostas para melhorar as condições da mobilidade ativa e coletiva no Estado de São Paulo, em consonância com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587/12). Foram elaboradas duas cartas para o Legislativo: uma destinada a candidatas e candidatos à Assembleia Legislativa do Estado de SP (ALESP) e uma destinada a candidatas e candidatos à Câmara dos Deputados e ao Senado federais.

“Entenda as propostas para a mobilidade urbana das candidaturas ao governo do estado”

Publicado originalmente em: Compromisso com a Mobilidade São Paulo
Data: 5/10/2018
Autora: Ana Carolina Nunes

Candidatos falam muito sobre expansão da rede sobre trilhos e dão pouca atenção para modos ativos, gestão metropolitana e segurança no trânsito

A Campanha “Compromisso com a Mobilidade em São Paulo”, promovida pela Rede Paulista de Entidades e Associações de Mobilidade Urbana [da qual a Cidadeapé é integrante], analisou as propostas para a mobilidade dos candidatos e candidata ao governo do estado contidas nos programas registrados no site do TSE. Em linhas gerais, o que se nota é uma grande ênfase dada ao transporte sobre trilhos, que sempre esteve no centro da discussão sobre mobilidade no âmbito estadual.

Os itens analisados são as principais linhas de proposta da sociedade civil contidas na Carta Compromisso com a Mobilidade Urbana Sustentável para São Paulo: fortalecer a participação social, valorizar a mobilidade por bicicleta, valorizar a mobilidade a pé, reduzir as mortes no trânsito, qualificar e expandir o sistema sobre trilhos, qualificar e priorizar os serviços por ônibus, promover a sustentabilidade ambiental e criar a autoridade metropolitana de mobilidade. Todos os programas de governo analisados estão disponíveis nesta pasta.

Também foi apontado se o candidato ou candidata já assinou a Carta Compromisso, documento produzido pela rede de entidades com o objetivo de fortalecer a pauta nestas eleições estaduais. Ao total, quatro candidaturas já aderiram à carta: Luiz Marinho (PT), Marcelo Candido (PDT), Professora Lisete(PSOL) e Toninho Ferreira (PSTU). Integrantes da campanha também apresentaram as propostas às equipes dos candidatos João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB), mas eles não chegaram a assinar a carta.

As propostas foram classificadas com quatro rótulos, que apontam se a candidatura “mostra concordância integral” (verde), “concorda com a maior parte dos pontos da proposta” (amarelo), “apenas cita a proposta” (salmão) ou “discorda ou não cita” (cinza). Quanto mais as ações propostas pelas candidaturas se mostram próximas das ações solicitadas pela sociedade civil, maior o nível de concordância apontado na tabela.

Chama a atenção o foco dado pelos programas à rede de trilhos, como se reduzissem a mobilidade urbana a este modo de locomoção. Muitos dos candidatos esqueceram também de mencionar a rede de ônibus que é gerida pelo estado, gerenciada pela EMTU, ou a importância de se avançar em faixas exclusivas e corredores de ônibus. Mas o resultado mais lamentável foi o abandono de pautas da Mobilidade Ativa e sobre segurança no trânsito. Poucos candidatos citaram a mobilidade por bicicleta, e apenas um citou a mobilidade a pé.

Temas importantes para a gestão da mobilidade também não tiveram uma abordagem satisfatória. O segundo item mais citado é o fortalecimento da participação social, mas ainda assim poucos especificam o formato. A redução na emissão de poluentes, o fortalecimento da gestão metropolitana e a garantia de recursos para a mobilidade ativa e coletiva foram citados de forma superficial.

Está no ar o site da Mobilidade Ativa nas eleições de SP 2018

A Cidadeapé é uma das organização que formam a Rede Paulista de Entidades e Associações de Mobilidade Urbana

Com o objetivo promover o tema da Mobilidade Urbana nas eleições estaduais em São Paulo, a Rede Paulista de Entidades e Associações de Mobilidade Urbana apresenta suas Cartas compromisso com a Mobilidade Urbana Sustentável para São Paulo, documentos aberto a adesões por parte de candidatos e candidatas ao Governo do Estado e à Assembleia Legislativa de São Paulo, bem como a representantes do Estado na Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

Os documentos são resultado de debate de políticas públicas por parte de organizações da sociedade civil que acompanham o tema. Eles reúnem propostas para melhorar as condições da mobilidade ativa e coletiva no Estado de São Paulo, em consonância com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587/12). A carta está sendo enviada à maioria dos comitês de candidaturas ao governo do estado, oferecendo a possibilidade de apresentá-la presencialmente a suas equipes. As adesões estão divulgadas aqui até o final da campanha eleitoral.

A Rede Paulista de Entidades e Associações de Mobilidade Urbana é formada pelas seguintes organizações: Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade)Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo (Cidadeapé)Coletivo Ciclistas de SJCColetivo de Ciclistas de Campinas (COCICAM)Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana (COMMU)Instituto AromeiazeroInstituto de Defesa do Consumidor (IDEC)Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP)BiciMogi e SampaPé!.

Se você é candidata ou candidato pelo estado de São Paulo e quiser saber como aderir à Carta Compromisso, confira as instruções na página Quero aderir. Se você é cidadã ou cidadão e quer estimular seus candidatos e candidatas e aderirem aos compromissos, consulte a base de e-mails das candidaturas e envie as cartas a eles!